terça-feira, 20 de novembro de 2012

Ano da Fé


OBS: Baseado no CCIC - Compêndio do Catecismo da Igreja Católica


Qual o desígnio de Deus para o homem?

Deus é infinitamente perfeito e bem-aventurado. Ao nos criar ele quis que também vivêssemos essa bem-aventurança. Não podemos nos esquecer de que ele nos fez a sua imagem e semelhança.
Imaginemos um espelho, ele reflete a nossa imagem, mas quando o espelho fica sujo ou deformado, a nossa imagem também fica suja e deformada (aos nossos olhos). Foi isso que o pecado fez conosco, nos sujou, nos deformou diante a presença de Deus, deixamos de ser “perfeitos e bem-aventurados” a exemplo de nosso criador. Mas Deus nos ama tanto que na plenitude dos tempos enviou o seu filho para nos redimir e santificar. Adão e Eva disseram não a Deus. Maria e Jesus disseram sim. Pronto, novamente podemos nos tornar “perfeitos e bem-aventurados”. Deus nos convida a fazer parte de sua igreja, por obra do Espírito Santo, e assim nos tornar seus filhos adotivos e herdeiros das bem-aventuranças.

Porque há no homem o desejo de Deus?

            Justamente por ter nos criados, ele colocou em nossos corações esse desejo de ir ao encontro dele, de o ver. Santo Agostinho diz que “... o nosso coração não descansa enquanto não repousar em ti (Deus)”. Infelizmente tem muitos que ainda ignoram essa realidade, mas mesmo assim Deus continua nos atraindo para que encontremos a verdade e a felicidade completa.
Há aqueles que afirmam existir várias verdades, pois digo que esses ainda não encontraram a Deus. Ao longo de todo o documento de Aparecida diz que só seremos verdadeiros discípulos e missionários, no momento em que tivermos um encontro pessoal e verdadeiro com nosso Senhor.
Por sentir esse desejo de Deus, somos por natureza um ser religioso, capaz de entrar em comunhão com Deus, basta verificarmos “quantos deuses” temos construído ao longo de nossas vidas, até mesmo aqueles que dizem não acreditar em Deus.

Podemos conhecer a Deus através da nossa razão? E somente por ela?

            Basta olharmos a nossa volta, a criação, tudo o que existe, ou seja, o mundo e a pessoa humana. Através de tudo isso se pode reconhecer uma obra divina, o homem pode conhecer com certeza a Deus como origem e fim do universo, o sumo bem, verdade e beleza infinita.
            Mas usar só da razão é insuficiente e se torna difícil conhecer a Deus, por esse motivo ele se Revelou a cada um de nós ao longo da história. Ele ao se revelar tornou possível penetrar em seu mistério divino. Assim podemos o conhecer sem dificuldades, com firme certeza e sem erro.

Como se pode falar de Deus?

            A partir de tudo isso, não devemos ter medo de falar de Deus a todos e com todos. Somos reflexos de Deus, porém limitados. Temos que purificar nossa linguagem de tudo o que é imaginativo e imperfeito, mas não se esquecer de que nossa linguagem jamais irá exprimir tudo àquilo que Deus é, exprimir plenamente o seu infinito mistério. Ainda que tentemos, não temos expressões suficientes para falar desse Deus. Nossa linguagem é limitada.

Uma boa semana e até a próxima...

Renato Aparecido Ferraz Pelisson 

Nenhum comentário:

Postar um comentário