OBS: Baseado no CCIC - Compêndio do Catecismo da Igreja Católica
Qual o desígnio de Deus para
o homem?
Deus é
infinitamente perfeito e bem-aventurado. Ao nos criar ele quis que também vivêssemos
essa bem-aventurança. Não podemos nos esquecer de que ele nos fez a sua imagem
e semelhança.
Imaginemos um
espelho, ele reflete a nossa imagem, mas quando o espelho fica sujo ou
deformado, a nossa imagem também fica suja e deformada (aos nossos olhos). Foi isso
que o pecado fez conosco, nos sujou, nos deformou diante a presença de Deus,
deixamos de ser “perfeitos e bem-aventurados” a exemplo de nosso criador. Mas
Deus nos ama tanto que na plenitude dos tempos enviou o seu filho para nos
redimir e santificar. Adão e Eva disseram não a Deus. Maria e Jesus disseram
sim. Pronto, novamente podemos nos tornar “perfeitos e bem-aventurados”. Deus nos
convida a fazer parte de sua igreja, por obra do Espírito Santo, e assim nos
tornar seus filhos adotivos e herdeiros das bem-aventuranças.
Porque há no
homem o desejo de Deus?
Justamente
por ter nos criados, ele colocou em nossos corações esse desejo de ir ao
encontro dele, de o ver. Santo Agostinho diz que “... o nosso coração não descansa enquanto não repousar em ti (Deus)”. Infelizmente
tem muitos que ainda ignoram essa realidade, mas mesmo assim Deus continua nos atraindo
para que encontremos a verdade e a felicidade completa.
Há aqueles que
afirmam existir várias verdades, pois digo que esses ainda não encontraram a
Deus. Ao longo de todo o documento de Aparecida diz que só seremos verdadeiros
discípulos e missionários, no momento em que tivermos um encontro pessoal e verdadeiro
com nosso Senhor.
Por sentir
esse desejo de Deus, somos por natureza um ser religioso, capaz de entrar em
comunhão com Deus, basta verificarmos “quantos deuses” temos construído ao
longo de nossas vidas, até mesmo aqueles que dizem não acreditar em Deus.
Podemos conhecer
a Deus através da nossa razão? E somente por ela?
Basta
olharmos a nossa volta, a criação, tudo o que existe, ou seja, o mundo e a
pessoa humana. Através de tudo isso se pode reconhecer uma obra divina, o homem
pode conhecer com certeza a Deus como origem e fim do universo, o sumo bem,
verdade e beleza infinita.
Mas
usar só da razão é insuficiente e se torna difícil conhecer a Deus, por esse
motivo ele se Revelou a cada um de
nós ao longo da história. Ele ao se revelar tornou possível penetrar em seu
mistério divino. Assim podemos o conhecer sem dificuldades, com firme certeza e
sem erro.
Como se pode
falar de Deus?
A
partir de tudo isso, não devemos ter medo de falar de Deus a todos e com todos.
Somos reflexos de Deus, porém limitados. Temos que purificar nossa linguagem de
tudo o que é imaginativo e imperfeito, mas não se esquecer de que nossa
linguagem jamais irá exprimir tudo àquilo que Deus é, exprimir plenamente o seu
infinito mistério. Ainda que tentemos, não temos expressões suficientes para falar
desse Deus. Nossa linguagem é limitada.
Uma boa semana e até a próxima...
Renato Aparecido Ferraz Pelisson
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