quarta-feira, 21 de novembro de 2012

“Deus vem ao encontro do homem e se revela”


O que Deus revela ao homem?
           
            Ele revela a si mesmo, com ações e palavras. Ele revela também o seu desígnio para cada um de nós, que desde o início já havia, em Cristo, preestabelecido a nosso favor. Esse desígnio consiste em que, pela graça de seu Espírito Santo, cada um de nós pudéssemos participar de sua vida divina, como já vimos antes, sendo seus filhos adotivos no seu filho único.

Quais as etapas dessa revelação?
           
            Deus começa se revelando aos nossos “primeiros pais”, Adão e Eva. Ele convida a fazer parte de uma íntima comunhão com ele. Mas eles desobedeceram a Deus e comeram do fruto proibido, mas mesmo assim Deus não desiste e continuou se revelando, prometendo a salvação aos descendentes. Mesmo assim a maldade continua no coração do homem e então Deus decide mandar um dilúvio. Entre tantos aqui na terra, escolheu Noé, homem reto e temente a Deus. Após o dilúvio Deus faz uma aliança. O sinal da aliança era um arco de 7 cores (para nós o Arco-íris).
            Passado algum tempo, Deus elege Abrão, fazendo uma nova aliança com ele. Após isso Deus muda o nome de Abrão para Abraão – Pai dos povos – e o sinal da aliança era a circuncisão. Deus promete a Abraão que ele seria pai de muitas nações, daí surge o seu nome, os seus descendentes seriam os portadores das promessas divinas. Com o passar do tempo o povo fica escravo no Egito. Deus dessa vez escolhe Moisés, para libertar o seu povo. Após a saída do Egito, novamente Deus faz uma nova aliança com o povo no monte Sinai, entrega-lhes às tábuas da Lei (para nós 10 mandamentos). Com o passar do tempo, o povo, por muitas vezes, se afasta de Deus. Então ele envia os profetas para que anunciem uma radical redenção e uma salvação que culminará em uma nova e eterna aliança. Do povo de Israel, da casa de Davi, sairá um Messias.
            A Revelação de Deus termina com a vinda de Jesus, o verbo de faz carne e habita em nosso meio. Ele é o único filho de Deus feito homem, o mediador e a plenitude da revelação. Já não há necessidades de se oferecer um cordeiro, pois o “Cordeiro de Deus” já se ofereceu de uma vez por todas. Com o envio de Jesus e os dons do Espírito Santo já não há mais o que ser revelado. São João da Cruz diz que “A partir do momento em que nos deu o seu filho, que é a única e definitiva palavra, Deus nos disse tudo de uma só vez nessa palavra e não tem mais nada a dizer”. A revelação está plenamente realizada, ainda que ao longo dos tempos a igreja tenha que captar todo o seu alcance.

Que valor têm as revelações privadas?

            Essas revelações não fazem parte do “Depositum Fidei” – depósito da fé – mas elas podem nos ajudar a viver essa fé. Essas revelações não podem “corrigir” a revelação definitiva deixada, que é Cristo, por isso cabe ao magistério da igreja analisar com muito cuidado tudo, e como esse cuidado foi muito importante para nós ao longo dos anos, pois ainda hoje nós podemos ter a certeza que a revelação está intacta, e olha que muito ainda hoje, querem mudar essa revelação.

Ouçamos o que a igreja tem a nos ensinar e confiemos em Deus que quis se Revelar a cada um de nós.

Um bom dia e até a próxima...

Renato Aparecido Ferraz Pelisson

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