Em sua mensagem o papa descreve a importância do silêncio
para se comunicar. Ainda que, para muitos o silêncio não faça parte da
comunicação, ele relaciona silêncio e palavra, mostrando que estes devem andar
em sintonia um com o outro, não individualmente, mais unidos, “No silêncio, escutamo-nos melhor a nós
mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o
que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como
exprimir-nos” diz o Papa.
Vivemos em um mundo onde falar de silêncio é quase que
uma “loucura”. Tudo é barulho em nossa volta, as pessoas não conseguem mais
silenciar-se. Nós sempre estamos em busca de respostas, queremos respostas para
tudo. Deus em sua infinita grandeza fala ao homem por sinais, por exemplo, a
Cruz, é um sinal do amor que Deus tem por cada um de nós, ele diz que o pecado
não tem força perante o seu infinito amor, a esse respeito diz o Papa: “Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio,
também o homem descobre no silencio a possibilidade de falar com Deus”,
somente assim conseguimos ouvir a voz de Deus. Muitas vezes dissemos que Deus
não nos houve, mas não estamos tirando tempo para falar com Deus e ainda
reclamamos se temos que ir à missa pelo menos uma vez na semana. O Papa nessa
reflexão nos faz relembrar o quanto o silêncio é importante para todos nós.
Agora, nos meios de comunicação, essa realidade de
silêncio é sempre esquecida, ou quase não existe. Também os meios de
comunicação precisam passar o valor do silêncio em nossa sociedade, que se
encontra tão barulhenta. No anuncio do evangelho os meios de comunicação
precisam valorizar esse silêncio antes de pronunciar as palavras! Diz o Santo
Padre que “Educar-se em comunicação quer
dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é
particularmente importante para os agentes de evangelização: palavra e silêncio
são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da igreja
para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo”.
É preciso valorizar também os sites, nos recorda o Santo Padre, neles muitas pessoas podem
encontrar um verdadeiro consolo. Gostaria de dar um exemplo que vivi. Eu
conheci o Seminário arquidiocesano através de um blog que um seminarista tinha
e postava as coisas que acontecia no seminário, entrei em contato com ele fiz
os convívios e agora eu estou aqui. Nós não conhecemos a dimensão que esses
meios de comunicação têm em nossa sociedade.
Quero concluir usando as palavras de Dom Dimas Lara
Barbosa, Arcebispo de Campo Grande – MS e presidente da comissão Episcopal
Pastoral para a Comunicação, que diz: “A
missão requer o discipulado, a evangelização exige a escuta, não só de quem
recebe a mensagem do evangelho, mas também de quem as propõe. Sem o silêncio,
que é parte integrante da comunicação, não há palavras densas de conteúdo”.
Que em nossa Arquidiocese a PASCOM – Pastoral da comunicação e de modo geral
todos os jornalistas e pessoas que trabalham nos meios de comunicação sociais,
entendam e reflitam bem essa mensagem que o santo Padre o Papa Bento XVI
deixou.
Renato Apº
Ferraz Pelisson
Seminarista do
Seminário Arquidiocesano Propedêutico São José – Londrina/ Pr
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