líderes das maiores religiões do mundo, em favor da paz. ''Peregrinos da verdade e da paz'' é o lema do Encontro de Assis. Em 1986 e em 2002 o Papa João Paulo II realizou com as lideranças religiosas mundiais este mesmo tipo de peregrinação pela paz. Para comemorar os 25 anos do primeiro encontro de Assis (1986), acontece, por iniciativa de Bento XVI, a terceira peregrinação pela paz na cidade de São Francisco, irmão da paz.
Essas peregrinações querem protestar contra a guerra e a violência que são sempre uma derrota para humanidade. A paz é possível e ela começa no coração, no espírito, nas decisões do coração. ''A paz espera por seus artífices'' (João Paulo II). Nessas peregrinações os líderes religiosos fazem jejum, observam o silêncio, rezam e refletem sobre a paz, assumindo compromissos concretos. Esse é o ''espírito de Assis''.
O encontro de Assis é para alimentar a amizade, facilitar o diálogo reforçar a paz e estimular a convivência com os diferentes no dia a dia, pois, o mundo está destinado a ser ''uma grande família'' (Bento XVI). Os últimos papas visitaram a mesquita azul de Istambul, a sinagoga de Roma testemunhando que o diálogo entre as religiões é uma profecia em favor da paz.
Esses encontros têm por objetivo a oração e o compromisso pela paz. Não se trata de uma mistura de religiões, nem se deve confundi-los com uma espécie de relativismo ou sincretismo religioso. Não é esse o ''espírito de Assis''. No respeito a cada credo, busca-se a promoção da paz. O diálogo entre as religiões e seu esforço pela paz é um estímulo para que o mundo creia em Deus e opte pela paz. ''Bem-aventurados os pacíficos, serão chamados, filhos de Deus'' (MT 5,)
O preço da paz é alto. Requer mudanças de mentalidade e de estilo de vida. As duas asas que fazem a paz levantar voo são: o perdão e a justiça social. O perdão purifica o coração e a justiça, organiza o bem comum. Que o mundo pode ser diferente, todos nós sabemos. A condição é que pratiquemos o perdão e a justiça. A religião é um bem para a pessoa e para a sociedade. Daí a importância do direito à liberdade religiosa, para que a religiões se unam como força promotora da paz.
São Francisco de Assis é o ícone da paz quando pede a Deus ''onde há ódio que eu leve o
amor''. Para o santo de Assis o outro é um irmão, inclusive as criaturas são também nossas irmãs. ''Louvado sejas meu Senhor, pelos que perdoam pelo teu amor'', rezava aquele que pacificou até um leão raivoso. Ensinava ainda São Francisco que a perfeita alegria consiste em não perder a paz nem a serenidade, nas injúrias e humilhações pelas quais passamos.
Em muitas nações e cidades, as religiões celebram o acontecimento de Assis, ou seja, os líderes religiosos locais se unem na amizade, na oração, no compromisso, no jejum pela paz. Nossa realidade local clama por paz. Que podem as religiões que marcam presença e ação em Londrina, fazer pela paz? Poderíamos entre nós realizar um encontro em favor da paz nos moldes de Assis? Um compromisso comum pela paz tem força de persuasão e, sem dúvida, será uma concreta contribuição em favor da paz e da concórdia em nossa região. .
DOM ORLANDO BRANDES
Arcebispo de Londrina
Em muitas nações e cidades, as religiões celebram o acontecimento de Assis, ou seja, os líderes religiosos locais se unem na amizade, na oração, no compromisso, no jejum pela paz. Nossa realidade local clama por paz. Que podem as religiões que marcam presença e ação em Londrina, fazer pela paz? Poderíamos entre nós realizar um encontro em favor da paz nos moldes de Assis? Um compromisso comum pela paz tem força de persuasão e, sem dúvida, será uma concreta contribuição em favor da paz e da concórdia em nossa região. .
DOM ORLANDO BRANDES
Arcebispo de Londrina
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